Revista Morel #6

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  • Sumário

  • Felipe Bragança e Zahy Guajajara em papo telepático. A Wasteland de Rodrigo Petrella. Os rios aéreos de Rogério Assis e Susy Freitas. Carlos Messias bebe ayahuasca com os huni kuin. Carol Ito perfila a artista Yacunã Tuxá. Os verbetes divertidos de Jessica Padua. Henrique Rodrigues volta a trabalhar na lanchonete. Klaus Mitteldorf conta como encarou Mano Brown. O lirismo íntimo de Maria Isabel Iorio. José Luiz Passos e as mulheres de Roger Vadim. O horror psicológico de Verena Cavalcante. A perifa em preto e branco de Rafael Felix e Yan Rego. O cartum corrosivo de Fabi Langona.

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MOREL #6

Por isso esta Morel volta-se para as paisagens e os personagens mais afetados pelo descaso, nas periferias da nação, da Amazônia às quebradas das metrópoles. Sob o olhar duro de Mano Brown, o poeta mais influente da literatura brasileira contemporânea – que em 2022 comemora 25 anos dos essenciais Sobrevivendo no Inferno e 20 de Nada como um Dia após o Outro Dia –, trazemos nosso primeiro dossiê do lado B do Brasil. Porque há um outro  pesadelo em marcha, e na velocidade da luz. O guia Amazônia Legal e o Futuro do Brasil, editado pela ativista Rebeca Lerer, do Monitor Ambiental Sinal de Fumaça (sinaldefumaca.com), detalha um quadro de colapso socioambiental na Amazônia Legal nos últimos quatro anos, orquestrado pelo governo federal e operado com a ajuda de parlamentares federais, governadores, deputados estaduais e grandes compradores de produtos minerais, madeireiros e agropecuários.

O guia é assustador ao detalhar como o processo de demolição é um projeto: 9.277 km² foram desmatados na Amazônia Legal, de janeiro até outubro, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). E segundo reportagem da Agência Pública, os pesquisadores da Red Amazónica de Información Socioambiental Georreferenciada (RAISG) identificaram que 26% da Amazônia estão altamente degradados, o que a coloca no patamar do ponto de não retorno – ou seja: um quarto da floresta amazônica virou savana, não existe mais, kaput, já era. Esqueça as lindas imagens da exposição Amazônia, de Sebastião Salgado: aquele Éden foi devastado – a realidade está mais próxima da chamada pós-floresta de Rodrigo Petrella, fotógrafo que documenta a progressiva devastação do bioma. Fato: nos últimos 18 anos, a floresta perdeu uma Espanha.

Tais números são tão surreais que apenas a realidade objetiva não alcança o tamanho da nossa perda. Assim, Morel extrapola o documento e se aproxima da ficção. O fotógrafo Rogério Assis registra a misteriosa formação dos rios aéreos amazônicos, enquanto Susy Freitas imagina, em ficção científica, um futuro em que a água só existe mesmo no céu, e o jornalista Carlos Messias visita os sonhos de uma aldeia huni kuin, no Acre. Lembrando que os povos originários são o último bastião na conservação da pátria primeira, convocamos as artistas Zahy Guajajara e Yacunã Tuxá, respectivamente em diálogos com o cineasta Felipe Bragança e a cartunista Carol Ito. Escapando da Amazônia, o Brasil fora do eixo comparece também na fotografia lírica de Rafael Felix e nos microcontos de Yan Rego; no intimismo de Maria Isabel Iorio, no humor disruptivo de Jessica Padua e Fabi Langona e na ficção social de Henrique Rodrigues; na narrativa erótica de José Luiz Passos e no horror gore de Verena Cavalcante. Só mesmo aproximando pesadelos e fantasias para a gente passar a régua neste trepidante ano de 2022. Nada como um dia após o outro dia: que você tenha o 2023 dos seus  sonho.

Informação adicional

Peso 0,300 kg
Dimensões 21 × 28 × 7 cm
Escolha a edição

Morel. #6 Capa Zahy Felipe, Morel. #6 Capa Rodrigo Petrella

Editora

IpsisPUB

Idioma

Português

Tipo Capa

Brochura

Páginas

80

ISSN

.

Dimensões

21 X 28 cm

Papel Capa

MasterBlank 270g

Papel Miolo

Munken 120g

Impressão

Processo digital – INDIGO 10.000

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